Olhou-se refletida no espelho d'água.
Não reconheceu a imagem, tampouco a personalidade
que habitava naquele corpo.
Já fora capaz de apaixonar-se perdidamente
como ignorar friamente.
Não reconheceu as milhares de faces que havia em uma só
que antigamente cantava e já não tem voz,
que desenhava e pouco rabisca,
que ensinava e agora aprende...
Mas guardava lembranças da essências, dos aromas que a vida lhe trouxe:
Perfume do primeiro namorado.
Cigarro de palha dos velhos do interior.
Café expresso. Terra molhada. Protetor solar e piscina.
Ônibus de viagem. Pequi.
Cheiro de comida, aroma de bebida, essências de perfumes...
E cheiros de lugares diversos, que com palavras, não dá para explicar.
Beatriz, 15 de maio de 2008
Um comentário:
Um belo poema refectindo sobre os pequenos nadas que fazem a vida,quotidiano,rotinas e magia.Beijo
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