sábado, 16 de janeiro de 2010

Ferrugem


Envelhecida pelos dissabores do mundo fui.
E agora, eis-me prostrada em busca de palavras.
Porque há tempos deixei-me esmaecer pela falta de cor, pela falta de brilho.
Qual tempo corrosivo! Qual pobreza de ânimo desgastou meu pensamento, minha palavra.
Fragiliza-me e reduz-me ao pó. Porque tomas de mim o ser poetisa?

Beatriz Souza, 14 de julho de 2009

Um comentário:

Anônimo disse...

Este blog está um luxo,imagens,palavras, tudo! Aqui conjugas poesia, sobriedade e (vou repetir-me) psicologia,revelando um profundo conhecimento das "paixões da alma".Tens o dom muito pouco comum de ser capaz de descrever poeticamente o sentir, as vibrações mais profundas do corpo e da alma.Que maravilha!

Beijo, e que este Sábado e o amanhã Domingo sejam para ti como o mais precioso bálsamo