É como acordar de um sonho bom
e perceber que não estará aqui
e o quarto, grande e vazio,
expandir suas paredes, teto e chão
É como acordar na madrugada
por causa de um pesadelo
e, acordando, não sair dele...
procurar água para matar a sede
Passam-se as horas, os tic-tac do relógio
É como acordar novamente
Após árdua noite
Corpo cansado, olhos ardidos
Esquecidos os sonhos, esquecidos os pesadelos
Devastado pela ventania, pelo furacão.
Outro dia.
Beatriz 06 de agosto de 2008
* Último poema publicado no Blog "Estrela Matinal"
Um comentário:
Despedida... uma despedida que é feita,tecida, com as contradições da alma humana,descrita com uma sensibilidade poética ímpar e "retratando" o cenário psicológico com uma extrema sabedoria.
Eu hoje acordei assim, tal e qual!"corpo cansado,olhos ardidos".Se o teu mundo fosse perto eu voaria até ele,nem que fosse apenas para te ouvir dizer-me:"Não és daqui!"
Um grande beijo
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