sábado, 16 de janeiro de 2010

Despedida


É como acordar de um sonho bom
e perceber que não estará aqui
e o quarto, grande e vazio,
expandir suas paredes, teto e chão

É como acordar na madrugada
por causa de um pesadelo
e, acordando, não sair dele...
procurar água para matar a sede

Passam-se as horas, os tic-tac do relógio

É como acordar novamente
Após árdua noite
Corpo cansado, olhos ardidos
Esquecidos os sonhos, esquecidos os pesadelos
Devastado pela ventania, pelo furacão.
Outro dia.

Beatriz 06 de agosto de 2008
* Último poema publicado no Blog "Estrela Matinal"

Um comentário:

Anônimo disse...

Despedida... uma despedida que é feita,tecida, com as contradições da alma humana,descrita com uma sensibilidade poética ímpar e "retratando" o cenário psicológico com uma extrema sabedoria.
Eu hoje acordei assim, tal e qual!"corpo cansado,olhos ardidos".Se o teu mundo fosse perto eu voaria até ele,nem que fosse apenas para te ouvir dizer-me:"Não és daqui!"

Um grande beijo