domingo, 17 de janeiro de 2010

Secando as asas


Boiava num mar em turbilhão
Agitava-me desesperadamente pedindo socorro
Violentamente, a água em mim batia
Cada onda era como um tapa que a vida me dava
Resisti, quando força não mais restava
E agora, eis-me aqui
Sobrevivi
Estendida em praia deserta
Minha face prostrada na areia
Permaneço mais um tempo
Como quem seca suas asas, porque destina voar.

Beatriz, 21 de dezembro de 2006

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