sábado, 26 de junho de 2010

Eterno mundo perfeito


Também quis fazer-te um eterno mundo perfeito
E, enfeitá-lo com o que há de mais belo e fascinante.
Não pude terminá-lo a tempo, ficou inacabado
o que seria tão lindo.
Beatriz Souza, 26 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Folhas secas


Nestes dias em que as folhas secas se espalham sobre o chão
Fico a olhar estaticamente para o infinito à sua espera.
Nestes dias em que a areia trazida pelo vento machuca a pele
Fico a olhar como uma estátua para o além.
Meus olhos ardem e meu coração se entristece
E meu corpo dolorosamente chora essa solidão.
Beatriz Souza, 22 de junho de 2010

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Incrédula

É certo que foste para o caminho da luz
ao encontro dos seres celestiais.
É certo que foste para o caminho da claridade
ao encontro das estrelas.
Mas eu não consigo acreditar que foste embora.
Não consigo acreditar em sua partida.
Não fosse o registro de seus poemas,
eu diria que sua passagem por mim foi irreal.
Beatriz Souza, 16 de junho de 2010

terça-feira, 15 de junho de 2010

Melodia triste

Aquela melodia triste me faz lembrar você
E, eis que se revela o pranto desse silencioso luto.
Beatriz Souza 15 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Breve tempo

Esvaíram-se as forças e,
serenamente foste ao encontro das estrelas.
Ficaram a lembrança e a saudade
de um breve tempo que passaste em minha vida.
Agora sou eu só, neste poetizar sem luz.
Tudo é vago e sem cor.
Mas procuro a tua alegria dentro de mim.
Beatriz Souza, 14 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

A sua luz


Sim, desconfio que já se foi o tempo.
Já são seis dias sem tuas palavras.
E, me pergunto: E agora? O que devo fazer?
Como prosseguir sem a sua presença?
Como dar continuidade?
Além disso, sinto sua falta.
Queria que estivesses bem.
Prometa-me que estará sempre bem,
longe desse breu que tua ausência me causa.
Beatriz Souza, 08 de junho de 2010

Tenebrosa partida

Preparavas-te para o que não tem preparação
para a partida inevitável e para a qual não há despedida.
Perguntei-te como saberia a hora, mas não pudeste
me responder, porque tampouco sabias tu.
Desconfio que é chegada a hora
Como posso saber?
Tenebrosa dúvida.
Beatriz Souza, 08 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Luz nas trevas


Quando as trevas se aproximarem,

e tentarem te consumir,

lembras-te que há uma luz.

Quando a noite repentina chegar,

e às cores escurecer,

lembras-te que há uma estrela.

Quando tudo parecer vazio e solitário,

e parecer que estás sozinho,

lembras-te que há um alguém.

Beatriz Souza, 04 de junho de 2010