quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Nada mais


Acordei sozinha em lugar desconhecido.
Meu coração estava confuso entre um misto de solidão e liberdade.
Despida caminhei em direção à água.
Não havia nada além de céu, areia e mar.
Lembrei-me do tempo de criança... dos abandonos, das frustrações...
em que eu ficava denconsolada naquela imensidão.
Havia alguma coisa que dizia que tudo seria muito diferente.
Passou-se muito tempo e, tempo rápido para pouca vida.
Novamente olho para essa vastidão de água e sal.
Confusa, sem saber o que foi que aconteceu e o que irá acontecer...
Sem saber o que pensar, o que desejo e como parei nesse labirinto sem fim
De tempo em tempo, levanta-se um vento forte
Olhos de areia, garganta de sal...
Debaixo de sol quente dia inteiro, pele arde
Tanta água que não mata sede alguma
Vai chegando noite novamente, eu e nada mais

Beatriz Souza, 25 de novembro de 2007

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