A dor da partida

A gente leva uma vida inteira

se preparando para algo

Mas quando chega a hora,

nunca estamos preparados o suficiente

Sobretudo, para momentos dolorosos e tristes.

Beatriz Souza, 28 de outubro de 2011

Olhar vazio

Um quarto grande

e uma cama estreita.

Meus olhos fixos no vazio,

inerte olhar o chão.

Repassando cenas da minha vida

Formando uma lágrima de solidão.

Beatriz Souza, 15 de agosto de 2011

Voyerismo

Percebo a sua presença.

Você que ousa me olhar

pelo buraco da fechadura,

pela lente de uma luneta.

Você que ousa me espiar

dia após dia.

Mas você não vê nada além do superficial

nessa minha triste desilusão.

Beatriz Souza, 9 de agosto de 2011

Individualismo

A gente faz o que pode

ou não pode.

Tento não me envolver com os problemas do mundo,

Com as dores do próximo.

Pois tenho meus próprios problemas.

E vivo neles sem uma breve solução.

Eu espero que você me diga o que fazer agora.

Ou você não pode,

ou faz o que pode.

E tenta não se envolver com os problemas do mundo

e com as dores do próximo.

Beatriz Souza, 3 de agosto de 2011

O fim

Um falso arco-íris riscou o céu,

uma nuvem cinza de rancor e lágrima

anunciando o fim de tudo,

o fim do nada.

Beatriz Souza, 30 de julho de 2011

Segredo

Meu amor,

Hoje eu queria um momento só com você

Porque você me acalma e me alegra, após as lágrimas de um dia difícil.

Meu amor,

eu queria um instante só nós dois

Porque você me liberta e me restaura, após a desilusão.

Meu amor, meu amor, meu amor,

Você não sabe, não imagina

Que seus olhos tem um poder sobre mim

e que eu, sou só disfarce.

Você não faz idéia...

Não faz...

Como eu preciso de ti.

Beatriz Souza, 24 de julho de 2011

As notas de uma canção

Nas notas de um piano

Na madrugada fria

No brilho do luar

Na tristeza de uma lágrima

Na velocidade de um cavalo

Na solidão de um vazio

Na coreografia suave

No rastro do caminho

Nas pegadas espaçadas

Segue

Sempre

Como se pudesse todo o sentimento numa simples canção

A inexpressiva e imperceptível

Estrela.

Beatriz Souza, 5 de junho de 2011

Incertezas

Durante o meu caminhar

Quase nunca tive certezas

Somente... Dúvidas.

Beatriz Souza, 27 de maio de 2011

Pingos de lágrimas

Pingos de notas musicais,

formando uma poça pelo chão

Cada lágrima caía como

melodia de uma triste canção.

Beatriz Souza, 17 de maio de 2011

Autoestima

Por que me diminuí?

Tornei-me um ser inferior
Reduzi o real valor.
No palco da existência,
coadjuvante.

Beatriz Souza, 2 de março de 2011

Espera

A te esperar

Se você voltar,

Quando você voltar,

Direi que fiz novos planos

pintando uma cena feliz

E queria dividir os sonhos que fiz.

Quem sabe se orgulharia.

Quem sabe se orgulhará.

Talvez,

por algum infortúnio,

não te orgulhes de mim.

Mas por que não quererias bem

o meu sonho feliz?

Quando fiz novos planos

Queria dividir uma cena feliz.

Beatriz Souza, 19 de fevereiro de 2011.

Na lama

Neste chão molhado, procuro-me

Sem saber como parei aqui

Sem saber o que fazer das gotas de chuva pelo meu rosto

Sem saber o que fazer de agora em diante.

Neste chão molhado, odeio a mim mesma

Sem saber porque fiz escolhas erradas

Sabendo exatamente o que devia ser feito.

Espalhada neste chão molhado, fico

Sem saber o que representa essa crise em mim

Sem saber o que fiz das minhas asas

Se elas nunca serviram para voar.

Beatriz Souza, 12 de fevereiro de 2011.

Essências

Essências e aromas,

eu me perfumo toda para quando você chegar.

Calores e sintomas,

de um abraço forte e um beijo ardente.

Eu só quero em seu corpo me aninhar.

Beatriz Souza, 11 de fevereiro de 2011.

Borboletas azuis

Às vezes, surge uma leve inspiração,

em meio às últimas cinzas,

em visitas inesperadas.

Às vezes, surgem borboletas azuis,

em meio à escuridão da noite,

com danças de fascinação.

Beatriz Souza, 7 de fevereiro de 2011

Triste melodia

De repente e sem permissão,

bateu-me à porta a tristeza.

Recusei-me a recebê-la, e a expulsei às vassouradas...

Mas ela insistia em me fazer companhia,

esperando à espreita na calçada,

eu podia vê-la pelo vidro da janela.

E de encará-la, nossos olhos se encontraram

já não eram delas as lágrimas,

e, sim, minhas.

Beatriz Souza, 27 de janeiro de 2011.

Visão poética

Oculta face

Onde estará

você,

seus pensamentos.

Escassez.

Invade-me o silêncio.

Esgotam-se os recursos e as palavras,

enquanto visualizo seus pés

sobre flores.

Beatriz Souza, 20 de janeiro de 2011.

Sonhos e vaidades

Se não é permitido sonhar tão alto,

peço perdão.

Mas já não posso conter esse sonhar cada vez mais.

Pergunto-me, às vezes, se são sonhos alcançados

ou apenas vaidade e ilusão.

Beatriz Souza, 17 de janeiro de 2011

Zoológico de Lujan, Argentina

Estou apaixonada por essa foto há dias...

Beatriz Souza, janeiro de 2011

"Meu Aniversário"

Com versos e muitos poemas

Eis que se foi o ano velho

E um novo iniciou.

As vidas se enchem de planos,

as esperanças se renovam,

e eis que surgem novos desejos!

Não poderia ser de outra forma

com meu pequeno coração.

E, por aqui, quero muitos versos,

muitos poemas

nesse espaço que preparo com tanto carinho.

Para leitores tão especiais.

Quero cultivar muitos amigos,

com versos e muitos poemas!

Beatriz Souza, 1º de jan de 2011.